terça-feira, 29 de novembro de 2011

Salve o Tapiti!


No início de outubro, a equipe da Fundação Gaia Legado Lutzenberger socorreu um Tapiti, o “coelhinho do Pampa”. Foi uma ação importante em favor da fauna silvestre que sensibilizou a todos.
Este pequeno animal tem sua ecologia desconhecida, não há estudos sobre as condições de vida do animalzinho frente à devastação crescente de seu habitat por lavouras e destruição das matas. Muitos não conhecem o Tapiti que é bem diferente da lebre ou lebrão como chamam em Pântano Grande, cidade onde fica o Rincão Gaia, sede rural da Fundação.
Infelizmente, o animalzinho não resistiu ao estresse, o que é bastante comum nestes casos pois sofrera um acidente com uma colheitadeira.
Não há críticas quanto a existência de lavouras, elas são necessárias, mas temos que lembrar que os animais estão na paisagem e muitos precisam de nossa ajuda para nela permanecer.
Abaixo, algumas informações sobre o Tapiti, considerado ameaçado pela União Internacional de Preservação da Vida Silvestre (IUCN).


O Tapiti (Sylvilagus brasiliensis), também conhecido como “coelho da floresta” é um mamífero lagomorfo, ou seja, aqueles com forma de lebre. Possui distribuição do México até Argentina. Mede entre 21 e 40 cm de comprimento, pesando até 1,25 kg, É bem menor que a lebre européia (Lepus europeus). O Tapiti tem orelhas pequenas, estreitas e cauda muito reduzida. Tem coloração pardo amarelado, mais escura no dorso e ventralmente mais clara.
Vive nas bordas de florestas, podendo ainda ser encontrado em banhados e margens de rios. É um animal de hábitos noturnos e durante o dia esconde-se em buracos ou tocas que ele mesmo cava, tendo uma área de ação reduzida. Alimenta-se de cascas, brotos e talos de muitos vegetais. O período de gestação é de aproximadamente 30 dias, podendo ocorrer duas ninhadas anuais, com dois a sete filhotes que nascem com os olhos bem fechados, sem pelos e dependentes da mãe.
Apesar de tratar-se de uma espécie de ocorrência freqüente, há pouco anos tornou-se de difícil visualização na natureza, sendo somente observada em áreas protegidas, como Parques e Reservas. Faltam estudos sobre os impactos da competição entre o Tapiti e a lebre européia (lebrão), por espaço e alimento, abrigo e área de reprodução. A lebre, no entanto, é uma espécie naturalmente adaptada a áreas abertas e tem maior território que os Tapitis. Em muitos aspectos, esta diferença pode ser vantajosa para a lebre, espécie exótica com grande capacidade de adaptação as áreas de cultivadas.

Colaboração de texto
Maria de Fátima M. dos Santos
Biol. Educadora/Colaboradora da Fundação Gaia

www.fgaia.org.br
Copiei daqui: http://www.finalsports.com.br/03/blog_guria/?p=4434

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